Luísa Cuevas Raposo - Novas da Galiza.- Temos exemplos avondo. os mais recentes podem ser os rios de tinta e as horas de rádio e televisão em torno da morte de orlando zapata em Cuba e o que se escreveu e emitiu em relação ao assassinato de pessoas solidárias com o povo Palestiniano a bordo dos barcos que pretendiam quebrar o bloqueio a Gaza.

Há uma guerra do capitalismo e do imperialismo, que se defendem de quem lhes arrebatou (no caso de Cuba) ou pretende arrebatar (no caso de outros povos

em luta) parcelas de poder. Nesta guerra utilizam-se todos os meios, entre eles e nomeadamente os de comunicação.

O esquema é o mesmo em todos os casos: tomando como exemplo o caso de Cuba, é necessário criar um consenso em torno à ideia de que é uma ditadura, um país no qual não há democracia e onde não se respeitam os direitos humanos. desta forma, justifica-se a agressividade contra aquele povo e o seu projecto social, político e económico.


Para isto, a informação e a opinião que se transmite, responde ao seguinte esquema:

−É desproporcionada, informando permanentemente sobre um país que é pequeno e está fora da nossa área geográfica, política e mesmo económica. Por exemplo, nos meses prévios à invasão do iraque, quando milhões de pessoas nos manifestávamos no mundo contra a guerra, o jornal El País dedicava, diariamente, quase o mesmo espaço a este tema que a Cuba, onde não estava a acontecer nada de especial na altura.

−Ressalta qualquer aspecto que se considere negativo (do

ponto de vista dos meios burgueses), manipulando ou não informando sobre os aspectos positivos de Cuba e da sua revolução. Recentemente foi clamorosa a

ocultação da solidariedade enviada ao Haiti por parte de Cuba, que já lá estava antes do terramoto com 400 profissionais da saúde, e que foi o país que chegou primeiro com a sua ajuda depois do tremor de terra.

−Escolhe as fontes, numa alta percentagem, entre as grandes agências dos EUA, e do chamado exílio cubano em Miami. Não só se rejeitam as fontes do gover-

no ou das organizações populares cubanas e as de solidariedade, mas também as que procedem de organismos internacionais como ONU, UNESCO, OMS, CEPAL, UNICEF, PNUD... que habitualmente informam sobre as positivas condições da saúde em Cuba, os avanços científicos, a escolarização universal e gratuita, os sistemas de defesa civil aquando a chegada de furacões, etc. ocultam mesmo os debates políticos em que participam centenas de milhares de pessoas, o facto de Cuba ser uma democracia participativa, e a própria evolução da sociedade e do projecto cubano.

−Não está contextualizada no lugar geográfico, político, social e económico em que se desenvolve o projecto cubano e evidentemente jamais se faz referência

ao bloqueio que Cuba padece há quase 50 anos e que condiciona gravemente a economia do país.

−Emprega uma linguagem negativa do tipo 'regime', 'castrismo', 'ditadura de Castro'... (no caso do iraque chegou-se a dizer que iam bombardear o regime

iraquiano!?).

−Utiliza-se uma dupla medida nas informações, por exemplo, do tema da emigração. Ao mesmo tempo que os emigrantes aos EUA do resto de países da América Latina são apresentados como emigrantes por razões económicas e

são reprimidos e expulsos do país, os cubanos e cubanas são apresentados como pessoas que fogem de um regime ditatorial previamente demonizado. Evidentemente, jamais se fala da “lei de ajuste cubano” que dá residência

automática a toda a pessoa que, procedente de Cuba, pisa terra ianque. Ao mesmo tempo, não se cumprem os acordos migratórios, denegando vistos para viajar legalmente aos EUA e fomentando portanto a emigração ilegal. De tudo isto nada se diz.

Além de tudo isto, utilizam-se outras técnicas como a forma de ordenar as notícias, o seu tamanho, o lugar que ocupam, etc.

Todo este conjunto de fórmulas leva a criar um estado de opinião, uma imagem, uns estereótipos que contribuem para a criminalização, o isolamento e a justificação de qualquer agressão a este país.

E onde escrevi Cuba, pode-se dizer iraque, independentismo, ou qualquer pessoa, movimento, organização ou povo que lute contra o capitalismo e o imperialismo.

A batalha mediática contra Cuba como parte da guerra imperialista estas fórmulas levam a criar um estado de opinião que contribui para a criminalização e a justificação de qualquer agressão. Onde escrevi cuba, pode-se dizer qualquera que lute.

Novas da Galiza

Contra Cuba
Con Filo.- Hoy hablaremos de terrorismo, ese terrorismo que parece muchas veces simple bravuconada digital pero que, de tanto en tanto, se convierte en ejemplos concretos, y que es heredero de una larga tradición de agresiones contra Cuba....
Cubadebate - Videos: Canal Caribe / TV Cubana y Prensa Latina TV - Foto: Tomada de Prensa Latina....
Con Filo.- El pueblito lleno de fraude, compraventa de votos y burdo latrocinio es una realidad que sepultamos en 1959, pero la cercanía de Estados Unidos, particularmente de Miami, nos sirve de espejo oscuro. De esa realidad tan próxim...
Lo último
La Columna
La Revista