Luisa Cuevas Raposo* - Novas da Galiza.- O sucesso da luta contra a pandemia em Cuba tem a ver com umha estratégia que nom começou em 11 de março de 2020 (quando foi declarada pela OMS), nem mesmo em janeiro, quando aparecem os primeiros casos na China e Cuba já forma comités científicos que acordam medidas para a enfrentar, a estratégia começou em 1º de janeiro de 59, quando triunfa a Revoluçom.


A meu ver, mesmo antes, quando na I e II Frente Oriental (com Fidel Castro e Celia Sánchez e Vilma Espín e Raul Castro, respetivamente, à frente) o Movimento 26 de Julho construiu nos territórios libertados a nova «Administraçom Civil revolucionária», germe do sistema de saúde pública cubano. Neste momento, e apesar do bloqueio, o Sistema de Saúde cubano e a Defesa Civil estám suficientemente capacitados para enfrentarem esta pandemia, visto que tenhem enfrentado outras doenças e desastres naturais.

Destaco o sistema de Defesa Civil porque é este que permite que a populaçom se organize, tenha canais de informaçom e responda de forma eficaz às instruçons das autoridades sanitárias.

Quanto ao sistema público de saúde, assenta na existência de 9 médicas por 1000 habitantes, o que coloca Cuba em primeiro lugar no mundo. Esta rede, em conjunto com 28 mil alunos de especialidades da saúde, rastreou de porta em porta possíveis positivos porque se baseia na prevençom e no conhecimento prévio da saúde da populaçom. Imediatamente, fôrom habilitados hotéis, escolas e diversas instalaçons dotadas com pessoal sanitário, para o isolamento dos casos positivos sem sintomas e pessoas de risco, fazendo centos de milhares de testes PCR.

Desde o primeiro momento, fôrom utilizados medicamentos produzidos pola indústria biotecnológica e farmacêutica cubana como o Interferón e mesmo se administrou a toda a populaçom o PrevengHo-vir, produto homeopático para subir as defesas. O polo científico, com experiência em investigaçom e produçom de vacinas, trabalhou desde o início numha específica para a Covid-19. Hoje, som 3 as vacinas em estudo e umha quarta, da qual já fôrom produzidas 150.000 doses, que entrou em ensaio clínico em fase III em 4 de março. Estas vacinas, ao contrário das produzidas no mundo capitalista, serám fornecidas aos povos que mais precisem delas. Vale ressaltar que 70% dos funcionários que trabalham e lideram estes projetos som mulheres.

Assim chegamos a 22 de março (encerramento da ediçom deste número) com 397 mortos numha populaçom de 11.333.483 sendo que na Galiza com 2.700.629 (um quarto de habitantes) tivemos 2.320 óbitos (5,84 vezes mais).

Capítulo especial merece o referente ao pessoal sanitário que trabalha 15 dias sem sair do hospital para nom infetar ou ser infetado nas viagens às suas casas, depois passam 15 dias numha área de isolamento (com o teste de PCR correspondente) e finalmente mais 15 dias na casa em quarentena. Como resultado, nom houve mortes no setor de saúde até 25 de janeiro de 2021.

Outra populaçom especialmente vulnerável como é a penitenciária foi alvo de medidas especiais de prevençom com rastreios duas vezes por dia, máscaras desde o primeiro momento, e quarentenas nos ingressos, o que evitou falecimentos entre a populaçom reclusa, o que resultou em que apenas duas prisons tivessem registado surtos.

O Ministério da Saúde Pública informa diariamente sobre casos ativos e óbitos, incluindo o local de residência, idade, histórico de doenças e evoluçom.

Ao mesmo tempo, o país foi confinado e as fronteiras fechadas. Para umha economia fortemente dependente do turismo como é a de Cuba, com muitos empregos diretos e indiretos dependentes dessa atividade, com a populaçom mundial praticamente confinada e a economia mundial em recessom, a situaçom em Cuba é crítica.

Neste contexto, o bloqueio, que visa "causar fome, desespero e o derrocamento do governo" bem como "promover a desilusom e o desânimo pola insatisfaçom económica e pola pobreza", foi endurecido. Trump, no último ano de seu mandato, ativou o Título III da Lei Helms-Burton (nunca ativado em 25 anos de validade). Impediu a compra de medicamentos para o tratamento do cancro, principalmente em casos pediátricos. Empresas americanas comprárom duas fábricas suíças de respiradores para que nom pudessem mais exportar para Cuba. O envio de remessas a famílias cubanas a partir dos EUA foi também travado. E até bloqueou doaçons da China.

Ao contrário, o governo cubano adotou medidas socioeconómicas para proteger a populaçom mais vulnerável e desempregada. Os impostos fôrom suspensos, as rendas mínimas fôrom garantidas, as pessoas que perdêrom o emprego (muitas na fabricaçom de EPIs e respiradores) fôrom realocadas, alimentos, medicamentos e artigos de primeira necessidade fôrom fornecidos às pessoas com menores rendimentos e até suspendêrom o pagamento de contas de serviço para estas famílias.

Internacionalismo cubano

Cuba nom abandonou o seu compromisso internacionalista. Quando a pandemia começou, 28.000 profissionais de saúde fôrom destacados em 59 países, seguindo a tradiçom de 60 anos da Revoluçom. Este ano, Cuba auxiliou 40 países (alguns do chamado primeiro mundo) com 56 brigadas médicas compostas por 4.941 profissionais (2.821 delas mulheres). Este pequeno país é o maior doador internacional, movimentando mais cooperadores do que todo o G8 junto.

Também neste tema, o imperialismo mediático tivo algo a dizer, fazendo umha grande campanha para desacreditar esta solidariedade cubana, falando sobre «mercenários», «exploraçom polo Estado» e outras amostras de manipulaçom da informaçom, sendo que a cooperaçom cubana é, na sua maior parte, desinteressada e o pessoal que a desenvolve tem os seus contratos em que figuram claramente as condiçons salariais e de trabalho.

Prémio Nobel das Brigadas Médicas de Henry Reeve

O humanismo da Revoluçom cubana reconhecido polos povos que recebêrom a sua solidariedade, fai que de diversos países, parlamentos, personalidades do mundo científico e do movimento internacionalista se esteja a desenvolver a nível mundial umha campanha para que lhe concedam às Brigadas Henry Reeve o Prémio Nobel da Paz.

* Luisa Cuevas Raposo é militante internacionalista, feminista e ativista social.

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